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10 de abril de 2013

Hora do Chá: A Culpa é das Estrelas - John Green.

Mas uma resenha? Sim, e desta vez é uma que merecia estar aqui e merecia ser lido por muitas pessoas. Inclusive por mim e eu vou recomendar para a maioria. 
Título: A Culpa é das Estrelas. | Autor: John Green. | Editora: Intrínseca. | Páginas: 257/288 (Mas em PSD tinha no total de 288, alguém me explicaria o por quê?)
"Sinopse: A culpa é das estrelas narra o romance de dois adolescentes que se conhecem (e se apaixonam) em um Grupo de Apoio para Crianças com Câncer: Hazel, uma jovem de dezesseis anos que sobrevive graças a uma droga revolucionária que detém a metástase em seus pulmões, e Augustus Waters, de dezessete, ex-jogador de basquete que perdeu a perna para o osteosarcoma. Como Hazel, Gus é inteligente, tem ótimo senso de humor e gosta de brincar com os clichês do mundo do câncer - a principal arma dos dois para enfrentar a doença que lentamente drena a vida das pessoas.

Inspirador, corajoso, irreverente e brutal, A culpa é das estrelas é a obra mais ambiciosa e emocionante de John Green, sobre a alegria e a tragédia que é viver e amar."
Minha opinião: Primeiramente eu, baixei esse livro, comecei a ler ele e em poucas horas eu consegui me encantar e fascinar com a história. Depois daquele dia não tive tempo para lê-lo mas uma vez, e hoje que eu resolvi e acordei dizendo: Eu vou terminar de ler esse livro, preciso ver o que ele tem de bom que atraiu as pessoas a lerem ele, falarem super bem da maneira com que o John Green se expressou e tocou as pessoas lá no fundo, eu quero isso, quero sentir isso também. E por mais que eu odeie dizer, me emocionei muito como também ri em diversos momentos. E eu sentia necessidade de algum livro assim, que me libertasse e abrisse meus olhos para outros tipos de horizonte. 
"— Estou apaixonado por você — ele disse, baixinho.
— Augustus — falei.
— Eu estou — ele disse, me encarando, e pude ver os cantos dos seus olhos se enrugando. — Estou apaixonado por você e não quero me negar o simples prazer de compartilhar algo verdadeiro. Estou apaixonado por você, e sei que o amor é apenas um grito no vácuo, e que o esquecimento é inevitável, e que estamos todos condenados ao fim, e que haverá um dia em que tudo o que fizemos voltará ao pó, e sei que o sol vai engolir a única Terra que podemos chamar de nossa, e eu estou apaixonado por você."
Página 130.
Quando você vê uma história como a dos personagens que concretizaram e fizeram o livro valer à pena, você para e pensa e percebem, eles estão dando valor àquilo que mais faz a diferença, a vida. E as pessoas simplesmente, não fazem isso, não estão..nem ai. A maioria das pessoas doentes, como eles, que no caso sofrem de um câncer, que achavam não ter um "limite" e que não achariam uma solução, você se toca que precisa aprender a valorizar sua vida, seus momentos, seus amigos, seus amores, perder tempo para que? Com bobeira? O importante disso tudo é saber amar, viver e curtir os prazeres que a vida abre as portas e você muitas vezes, a fecha sem se importar se aquilo lhe faria um bem ou não, por que você acha que vivendo dentro daquela "bolha", você não vai necessitar de mais nada e você necessita sim. 
"O garçom desapareceu. Ficamos olhando o confete caindo do céu, rolando pelo chão com a brisa e terminando no canal.
— É meio difícil de acreditar que alguém possa achar isso irritante — o Augustus disse depois de um tempo.
— As pessoas sempre acabam ficando insensíveis à beleza.
— Eu ainda não fiquei insensível a você — ele retrucou, sorrindo. Fiquei vermelha. — Obrigado por vir a Amsterdã."
Página 137.
Era para as minhas opiniões quanto ao livro ficarem no final, mas é impossível. O livro é narrado na maior parte do tempo por Hazel, uma garota que teve a sua "vida" enrolada por algo o qual a maioria acredita que nunca vai ter, nunca vai acontecer, mesmo que não seja com você, acaba alguém conhecido, tendo, ou alguém desconhecido, no caso, câncer na tiróide, o que ela imaginava era que ela não teria dias bons, que não passaria de alguns meses e que não valeria a pena continuar lutando, por que hora ou outra, ela morreria. Hazel faz parte de um grupo de "ajuda", o qual as pessoas que passaram por situações desconcertantes em suas vidas, vão lá para se abrirem, expressarem suas vontades, talvez até mesmo fazer amigos, e as histórias de cada um, ou ao menos alguns são contadas por Hazel, que trás um pouco de humor e ironia nisso tudo. 

"— Veja: infinitas Hazels.
— Alguns infinitos são maiores que outros — falei pausadamente, imitando o Van Houten." Página 171
Conta também com a presença de Isaac, um jovem que teve um câncer ocular, um dos olhos teve de ser extraído quando ainda era pequeno e fazia parte desse grupo igualmente. Até que um dia algo improvável acontece, um novo membro no grupo chamado Augustus Waters, um garoto de dezessete anos de idade que teve que amputar uma das pernas, mas usava uma prótese, e acaba se "abrindo" com Hazel, Augustus de alguma forma é encantador, a maneira com que ele leva a vida com dificuldade e como as poucos ele e Hazel se juntam e se tornam mais do que melhores amigos, mas sim parte um do outro. Sem contar que Hazel, onde quer que ela vá, leva um dos seus melhores amigos também, o "Felipe" seu cilindro o qual ela leva para todo o lugar por sentir dificuldades de respiração, não pode ficar tanto tempo em pé, ou estar sem ele, seus pulmões como ela mesmo diz, não fazem o trabalho certo, e dificultam sua vida. 
"Ele sorriu. Humor negro.
— Estou numa montanha-russa que só vai para cima — falou.
— E é meu privilégio e minha responsabilidade seguir nessa montanha-russa até o topo com você — retruquei."
Página 182
Hazel e Augustus são os motivos da minha inspiração e vontade de trazer a tona, a paixão dos dois, Hazel não queria entregar-se e Augustus, percebia isso e a respeitava ou ao menos é isso que você espera. O livro detalha com total perfeição e carinho por John, a vida dos dois, a situação de Hazel, Augustus e Issac em alguns momentos se mostra em destaque diante do seu problema em "vista" - humor negro - e também em seus momentos de romance. "A Culpa é Das Estrelas" é uma daquelas histórias em que você começa a ler, ler e ler e não simplesmente não consegue parar, embora não ache tanta identificação com a personagem, o que o autor deixa bem claro no inicio do livro, que é uma história de ficção, mas é impossível não deixá-la na memória. Não me decepcionei de maneira alguma com o final, pelo contrário, chorei bastante e tomei fôlego para começar a escrever essa resenha. Marquei mesmo que em PDF vários trechos do livro, e agora eu só preciso ter o livro comigo, na minha estante, para poder reler ele mais uma vez e chorar tudo de novo. Por mais triste que tenha sido certos acontecimentos na história, foi o que marcou tudo, fez a diferença e tornou um dos meus livros favoritos, e um dos mais especiais também. Fiquei feliz em ler um dos blogs, a noticia que o livro vai receber uma adaptação para filme, isso mesmo. 

Não sei se devo criar expectativas ou não no filme, mas espero que eles prezem os personagens, a história e a torne a maravilha que ele é em escrito. Por que de fato merecemos isso! Caso não tenham lido, leiam, por favor. Você vai ter reações diversas, choros, isso, nervoso e tudo que é possível alguém sentir. John Green tomou um espaço e fez com que me tornasse fã, tem alguns livros que foram lançados recentemente que me interessaram e eu quero ler também. Para quem acredita em um amor, que nada é impossível, que nada interferir na sua estrada, na sua vida, não tenho palavras para expressar...simplesmente leiam e entendam o que eu tento passar aqui. 
"Nós dois ficamos ali sentados por um bom tempo, numa boa, e eu fiquei pensando no início de tudo no Coração Literal de Jesus, quando o Gus nos disse que tinha medo do esquecimento e eu falei que ele estava com medo de algo universal e inevitável, e que, na verdade, o problema não é o sofrimento nem o esquecimento em si, mas a ausência imoral de sentido nisso tudo, o niilismo absolutamente inumano do sofrimento.

Pensei no meu pai me dizendo que o universo quer ser notado. Mas o que nós queremos é ser notados pelo universo, fazer com que o universo dê alguma bola para o que acontece com a gente — não a ideia coletiva de vida senciente, mas cada um de nós, como indivíduos." Página 233.
E já ia encerrando, quando me lembrei que..duas frases me chamaram a atenção no livro e me inspirou em pensar em fazer uma tatuagem, alguns vão achar meio 'dãa, fazer uma tatuagem de um livro?' e pode ser bobeira mas pra mim não é. O.K!
"Respirei fundo algumas vezes e retomei a leitura.
— Não posso falar da nossa história de amor, então vou falar de matemática. Não sou formada em matemática, mas sei de uma coisa: existe uma quantidade infinita de números entre 0 e 1. Tem o 0,1 e o 0,12 e o 0,112 e uma infinidade de outros. Obviamente, existe um conjunto ainda maior entre o 0 e o 2, ou entre o 0 e o 1 milhão. Alguns infinitos são maiores que outros. Um escritor de quem costumávamos gostar nos ensinou isso. Há dias, muitos deles, em que fico zangada com o tamanho do meu conjunto ilimitado. Queria mais números do que provavelmente vou ter, e, por Deus, queria mais números para o Augustus Waters do que os que ele teve. Mas, Gus, meu amor, você não imagina o tamanho da minha gratidão pelo nosso pequeno infinito. Eu não o trocaria por nada nesse mundo. Você me deu uma eternidade dentro dos nossos dias numerados, e sou muito grata por isso."
Página 215
 NOTA FINAL: 

Um comentário:

  1. Esse livro é um dos meus livros preferidos. <3
    John Green escreve muito bem, né? Me apaixonei, quero muito os outros livros dele.

    Coral,
    http://universeforwords.com

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