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3 de setembro de 2013

Não seria eu.



Não seria eu se não fosse a Tainá.

Se não fossem as minhas crises internas, minhas lágrimas escondidas e meus sorrisos tímidos, não seria eu. Se não fosse as minhas tentativas de ver as pessoas ao meu redor sorrir, rir das minhas piadas idiotas? Não seria eu. 
Se não fosse a minha vontade de muitas vezes deixar de ser eu mesma, fugir de mim mesma, e me desesperar, não seria eu, não mais. 
Se não fossem as minhas crises de espirro, minhas risadas histéricas, meus troços, minhas alergias: pele, pescoço, se não fosse meu cabelo bipolar, que quando não se contenta em chamar mais a atenção do que a dona, resolve ficar bonito apenas quando estou em casa, quando ninguém quer me ver. 
Se não fosse a minha vontade de ficar em casa quietinha, se não fosse a minha estante lotada de livros, metade lidos, metade não lidos, ainda não explorados, não tão explorados tanto a minha vontade de folheá-los, cheirá-los, não seria eu. 
Se não fosse a minha mania de criar expectativas onde não deve, se não fosse a minha mania de lembrar de falar as coisas depois que eu perdi a oportunidade? 
Se não fosse a minha mente criativa nos momentos errados? Se não fosse a minha mania de escrever histórias que eu gostaria que desse certo comigo, se não fosse pela minha memória incrivelmente boa nos momentos errados, não seria eu. 
Se não fosse meu terrível gosto pelos caras errados; se não fosse aquela mania de gostar de coisas azedas, de coisas doces demais, menos meu chá, por favor; se não fosse o meu sorriso imprevisto, meu abraço confundido com tristeza e saudade, não seria eu. 
Se não fosse a minha incrível habilidade em tentar ser feliz, de tentar passar por essa vida com lembranças boas; se não fosse a minha mania de me manter longe de pessoas negativas, embora eu seja uma pessoa assim mas tente mudar isso, não seria eu. 
Se não fosse o meu desejo de crescer na vida e realizar parte dos meus sonhos, que são tantos, alguns bobos outros nada, não seria eu. 
Se não fosse ele quem entrasse na minha vida de repente, me mostrasse os caminhos corretos e tentasse me colocar na linha para deixarmos de ser apenas eu e ele, e sermos nós, não seria eu. 
Se não fosse a minha falta de desistência, minha incrível vontade de fazer dar certo e ter mantido o que a gente tem de melhor, não seria eu. 
Se não fossem as pessoas que eu conheci, as pessoas que seguiram caminhos diferentes do meu, pessoas que partiram para outra dimensão, outras apenas mudaram de rua, endereço ou e-mail, que me apoiaram na hora certa, mas não sei contar, mas hoje em dia, não sabem dos meus tropeços e minhas recaídas, não seria eu. Se não fossem as minhas malditas escolhas, - certas ou erradas, a maioria delas um pouco confusa, mas esta sempre nas erradas, sempre. Não, jamais não seria eu. 
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Encontrei esta tag no blog Florescer e Palavrear que a Samyle recebeu de Utopia Concreta, e simplesmente me encantei. Não só por gostar de escrever mais para que vocês me conheçam melhor também. A tag foi inspirada na música 'Capitão Gancho' da fofa da Clarice Falcão. Então quem quiser e gostar, fique a vontade. Pelo fato da tag ser bem pessoal, fiquei meio envergonhada em colocar uma foto minha, como se vocês nunca tivessem me visto, né? Mas de qualquer forma. É isso ai, espero que tenham gostado. ^^


2 comentários:

  1. Seu texto ficou ótimo. Me identifiquei com tanta coisa, e acho que essa parte foi a mais legal da tag. Ela te dá a chance de mostrar seus dois lados, tanto o bom como o ruim, e a pessoa torna-se um tanto mais "palpável" para quem lê, ou melhor, real (tenho mania de fazer analogias estranhas, não ligue), se é que me entende...

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  2. Como você escreve bem ^^ Parabéns! Gostei muito do texto, me identifiquei bastante. Adorei seu blog, realmente muito incrível, tem tudo para fazer o maior sucesso; Já estou seguindo, segue o meu também?
    www.espacegirl.com

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