#Resenha: Antes Que eu vá - Lauren Oliver

Esta resenha foi criada por mim, Tainá Eugênio. E mesmo que não esteja na lista de livros que eu planejei ler em PDF, eu acabei acrescentando ele, e será atualizado por lá, e espero conseguir ler todos os que eu acrescentar ou estiver presente na lista anteriormente. E aos fãs da autora Lauren Oliver, dedico as minhas desculpas, nem todos tem o mesmo gosto e visão, e nem é o fato de entender o que ela quis passar, é o fato de não gostar. :)

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Autoras: Lauren Oliver | Titulo: Antes Que eu Vá| ISBN:  9788580570595

Selo:  Intrinseca  | Ano: 2011 | Número de páginas: 368 | Assuntos: Ficção/Drama

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❝Sinopse: Samantha Kingston tem tudo: o namorado mais cobiçado do universo, três amigas fantásticas e todos os privilégios no Thomas Jefferson, o colégio que frequenta — da melhor mesa do refeitório à vaga mais bem-posicionada do estacionamento.

Aquela sexta-feira, 12 de fevereiro, deveria ser apenas mais um dia de sua vida mágica e perfeita. Em vez disso, acaba sendo o último. Mas ela ganha uma segunda chance. Sete “segundas chances”, na verdade. E, ao reviver aquele dia vezes seguidas, Samantha desvenda o mistério que envolve sua morte — descobrindo, enfim, o verdadeiro valor de tudo o que está prestes a perder.

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Saraiva 

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"Antes que eu vá" é o tipico livro em que você não sabe por onde começar a escrever, e sente aquela depressão tão profunda após terminar de ler que não sente vontade mais de ler nenhum outro. Não esta entendendo o que eu quero dizer? Continue lendo que entenderá o meu ponto de vista literário.

Primeiramente eu fiquei surpresa pelo livro ter uma capa tão bonita, ou melhor, diferente e que me chamasse tanto a atenção, além de uma sinopse curiosa, me fazendo abandonar todos as outras minhas leituras para focar apenas nele e mais em nenhum outro livro. Imaginei ele sendo uma drama total, uma história que lembrasse as "mortes" de John Green, mas passa longe disso, e ok, é ridículo a ideia de eu comparar Lauren Oliver com o John, mas não esperava algo tão dramático a ponto de me deixar tão depressiva.

"Sinto uma sensação de vazio tão profunda que parece deixar de ser vazio e passa a parecer alívio. Imagino que ser arrastado por uma onda deva ser assim. É assim que deve ser no momento em que a ponta escura e afiada da costa enfia a cabeça além do horizonte, quando você rola e só vê estrelas, céu e água, lhe encobrindo como um abraço. Quando abre os braços e pensa: Tudo bem." - Pag 249

Samantha Kingston, mais conhecida como "Sam" pelas amigas vive uma vida comum, de uma adolescente que tem tudo, ou melhor, tem a vida perfeita e não há nada que ela possa reclamar. O namorado é o que todas as meninas lutam pra ter, além de bonito é cobiçado, tem três amigas que estão ao seu lado e gostam das mesmas coisas que ela, e estuda num dos colégios mais "agradáveis" de todos os outros, Thomas Jefferson. No livro não temos muitas explicações de como tudo é ou funciona, mas ela além de ser super conhecida lá, tem as melhores coisas e como podemos dizer..não sabe "aproveitar". É dia 12 de fevereiro, dia do cupido, e para Sam é seu grande dia com o namorado, seu preferido, e o dia em que infelizmente algo acontece, ela morre.

No livro, conhecemos diversos personagens marcantes, mais um deles em principal me conquistou de tal forma que eu vou carregar ele comigo, e acreditem ou não, ele foi o motivo de muitas mudanças da personagem principal, Samantha. Conhecemos Kent, um garoto diferente e que ela o conhecia quando ainda eram pequenos, só que não tiveram tanta chance de se conhecerem assim, apenas de se beijarem na terceira série ao fingirem um casamento. Kent é o tipico garoto de colegial, atrapalhado, com roupas estranhas, bolsa carteiro, desenhos espalhados para todo lugar, chega atrasado em tudo, cabelos cumpridos, tem o sorriso - descrito - o mais lindo e os olhos idem. E usa um chapéu de coco que é a sua marca registrada. Ele diferente do namorado de Samantha, Rob, só tenta fazer com que ela entenda o quanto ele gosta dela. Enquanto Rob só tem uma única intenção e vive pressionando-a fazer coisas das quais ela não se sente à vontade ainda.

"Talvez antes de morrer o que você veja sejam seus fantasmas." - Pag 247

Eu achei muito, mais muito injusto Lauren te fazer criar expectativas quanto aos dois, inclusive de fazer a personagem criar qualquer tipo de sentimento com quaisquer outra pessoa que antes ela ignorava. Eu não sei bem como me expressar, mas também achei tão..inaceitável, mas até entendi o ponto de vista da autora em criar um livro com os mesmos tipos de tema que você pode encontrar em qualquer outro livro, seja pelo Bullying retratado claramente no livro, mas a fantasia da vida perfeita e como é a vida após a sua morte mesmo que em poucos detalhes, até a garota tentando consertar o que ela deixou para trás. Só que diferente disso, Lauren nos faz perceber que Sam, além de ter morrido, ganhou a chance de ter sete dias no minimo para fazer diferente, o que chega a ser bom e te faz conhecer melhor tudo o que Sam vê e o que se passa com ela. Só que infelizmente ela perde tanto tempo tentando perceber e no final das contas só percebe o que de fato aconteceu um pouco mais tarde do que eu imaginava, me deixando enfurecida e bipolar.

Porque Samantha te faz sentir assim, ao mesmo tempo em que se sente animada pela leitura, pela mudança da personagem, você se desanima e entristece em perceber que ela se rebaixou ao seu antigo "eu". Além do bullying criado por uma das suas amigas, isso te enfurece, te magoa, te faz ter várias opiniões, mas nenhuma dela chega ao ponto de ser igual ao dela, já que ninguém muda a sua cabeça, só a morte é claro. Você vai lendo, lendo, certa de que o final vai ser diferente e como você imaginava, é claro, é emocionante mas não chega nenhum pouco aos pés do que eu imaginei e esperava que acontecesse. Eu li algumas resenhas e comentários de algumas leitores quanto ao livro, todos foram críticas produtivas e opiniões positivas, até mesmo vi gente se emocionando com um final comum, só não tão esperado.

Lauren Oliver tem uma escrita perfeita, descrições fantásticas, e poderia ter ganhado mais uma fã, só que infelizmente não foi desta vez. É claro que tem um ponto positivo nisso tudo, o fato com que ela nos faz refletir bem sobre a vida, e é claro, nos ensina a fazer as coisas certas em determinado tempo, nem sempre a gente tem a chance de corrigir nossos erros, nem mesmo após a morte. Mas enfim, cada um tem seu gosto literário e ninguém pode apontar o dedo quanto a isso. Para quem gosta de livros com um pouco de romance e drama, recomendo.

"Mas não vou mentir. Gosto que tudo seja tão fácil para nós. É uma sensação boa saber que você pode fazer o que quiser e que não haverá nenhuma consequência. Quando sairmos do colégio, vamos olhar para trás e saber que fizemos tudo certo, que beijamos os caras mais bonitos, fomos às melhores festas, fizemos bastante besteira, ouvimos música alto demais, fumamos cigarros demais, bebemos demais, rimos demais e ouvimos de menos, se é que ouvimos alguma coisa. Se o colégio fosse um jogo de pôquer, Lindsay, Ally, Elody e eu estaríamos com oitenta por cento das cartas. E acredite em mim: eu sei como é estar do outro lado. Estive lá durante a primeira metade da minha vida. O fundo do fundo do poço, mais embaixo que qualquer coisa. Sei o que é ter de lutar por migalhas. Agora sou a primeira a escolher tudo. E daí? É assim mesmo. Ninguém nunca disse que a vida era justa." - Pag 16

Nota Final: